quinta-feira, 30 de agosto de 2012

semiluna


O corpo é o instrumento encerrado na palavra. Desapareci. Nas deslumbradas estações á beira cio onde o  sexo, o meu grande sonhador existe. Suspenso. Em compulsivas fontes, onde os pensamentos crescem antes da luz.ondas gigantes, inomináveis, gritos sobre o tronco, o mastro na sedução, nas noites impressas. O prazer vocabular,  secreto, a inventar núpcias em lugares fascinados, em olhares descobridores. Dialectos escorrem na pureza dos líquidos sentados no tempo  que abrasa-me a roda interior.

A vulva__________minha mãe, ao teu colo escrevo árias anónimas do subsolo. Há que ser carne, menbrana de uma lua, viva  em baixo das pupilas engomadoras, que piscam na malha o ventre e dão largas ás correias para  cercar, a  mulher no tesão visitada. a beleza de um buraco  nos poros de uma imagem altamente erótica. os laivos, o poder ronco, a força, o espelho que mergulha em tragos suaves nos agarrando á cama onde as bocas escoam no escuro o sabor pleno, amargo onde se renasce e se morre amplamente após o devorar num orgasmo


Luisa Demétrio Raposo

Sem comentários: